quarta-feira, 20 de maio de 2015

História do Coronelismo em Itabaiana ganha Publicação




O Prof. Dr. Antônio Carlos dos Santos lançará na próxima segunda-feira, dia 25 de maio, às 18h, no hall da Reitoria da Universidade Federal de Sergipe (UFS), o seu 10o livro: “Poder Local e Relação de Dominação: Itabaiana, entre 1945 e 1963”. Trata-se de uma pesquisa histórica, realizada no então Núcleo de Pós-graduação em Ciências Sociais da UFS, orientada pelo Prof. Ibarê Dantas.
 
Segundo o professor Antonio Carlos, a demora em publicar essa pesquisa, deveu-se a duas razões. A primeira, de ordem teórica, diz respeito aos rumos que tomaram as pesquisas após a defesa dessa monografia. Ou seja, o autor se enveredou pelos rumos da filosofia política, não havendo brechas para análises mais práticas, mesmo do ponto de vista teórico. A segunda, de ordem prática, o autor percebeu que, passados pouco mais de 20 anos, seu texto não envelheceu e que talvez a leitura dessa pesquisa pudesse ajudar ao leitor contemporâneo, a entender melhor a política com bases coronelística, que remonta à metade do século passado, de modo particular, em Itabaiana. 

"Essas duas razões convenceram-me a publicar a pesquisa, que corria o risco de virar pó nas estantes, inacessível ao grande público. A tese central é que a produção historiográfica sobre a temática do coronelismo a partir de 1949, passou a qualificar o coronel como o grande proprietário de terra que mantém uma forma específica de poder político no campo, por meio de práticas pré-capitalistas. Na tentativa de entender o coronelismo como um sistema político de dominação, os teóricos nem sempre levam em conta as especificidades locais. Nesse sentido, o propósito do livro é analisar a possibilidade de existência de um tipo de coronelismo, o urbano, surgido a partir de 1945", explica. 

A ideia apresentada não tem pretensões globalizantes. Sua finalidade é fazer um estudo de caso, no qual Itabaiana, entre 1945 e 1963, é analisada em seus aspectos políticos e econômicos, envolvendo dois chefes de famílias tradicionais: Euclides Paes Mendonça e Manuel Francisco Teles. Ambos disputaram o controle do eleitorado da região, como também a freguesia dos seus respectivos armazéns.

Para Ibarê Dantas, responsável pelo prefácio da obra, Antônio Carlos “construiu um trabalho de valor, pela apreciação das posições dos principais autores que trataram do tema, pelo acréscimo de novos elementos sobre as principais lideranças locais, inclusive sobre a evolução dos seus patrimônios, e pelas avaliações de suas tendências”.

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