segunda-feira, 11 de março de 2013

Choro na Veia

 Brasileiríssimo apresenta o melhor do choro no Café da Gente

Nos dois últimos finais de semana, no Café da Gente, localizado no Museu da Gente Sergipana, os aficionados pelo chorinho encantaram-se com o repertório apresentado pelo grupo musical Brasileiríssimo. Para quem ainda não teve a oportunidade de conferir as apresentações do quinteto, que acontecem às sextas-feiras, a partir das 19 h, pode fazê-lo até o dia 22 de março.

Essa é a data do término da primeira temporada de shows, mas o violonista e arranjador, Ricardo Vieira, garante que em maio, acontecerá a segunda leva de apresentações do Brasileiríssimo que explora no repertório, composições próprias e dos grandes “chorões” Pixinguinha, Jacob do Bandolim, Zequinha de Abreu e Ernesto Nazareth.

“Geralmente, montamos um repertório misto para as apresentações e, às vezes, temático como aconteceu na última sexta-feira, Dia Internacional da Mulher, em que homenageamos Chiquinha Gonzaga e Ademilde Fonseca. No geral, exploramos os grandes clássicos do choro e composições próprias também”, diz Vieira.

Envolvido com música há 16 anos, sendo 10 destes dedicados ao choro, Ricardo Vieira decidiu formar um grupo de chorinho, após constatar que o gênero musical estava   perdendo força no Estado. No início de 2012, conheceu o bandolinista, Fernando Freitas e, após compartilhar a ideia também com a cantora Maiume Vieira, o clarinetista Felipe Freitas e o pandeirista Felipe Lima, surgiu, então, o Brasileiríssimo. 

No quinteto, só Felipe Freitas é Bacharel em Música, inclusive com mestrado na área e chefiando o naipe de madeiras na Orquestra Sinfônica de Sergipe. Fernando Freitas e Felipe Lima são autodidatas e o biólogo Ricardo Vieira e a administradora de empresas Maiume Vieira decidiram se dedicar à música, ambos graduandos do curso de Música da Universidade Federal de Sergipe.

“Nossa estreia foi em julho, do ano passado, no Projeto Orla Pôr do Sol, no Mosqueiro. Desde o início, trabalhamos com uma escolha conjunta para a montagem do repertório, calcado no choro e choro-canção, primando sempre pela composição de arranjos próprios. No momento, estamos gravando um EP, que deverá conter cinco faixas e a previsão é que seja lançado em julho”, explica Vieira, que aprendeu a tocar violão de sete cordas com o maestro Samuel Marques, quem vem orientando Maiume na técnica vocal. 

Em menos de um ano de existência, o Brasileiríssimo teve o privilégio de acompanhar a dupla Silvério Pontes e Zé da Velha, em outubro do ano passado, no Teatro Atheneu. Na ocasião, o trompetista fluminense e o trombonista sergipano vieram lançar o CD “Dom José do Ban”. Para o segundo semestre deste ano, já está agendado um novo encontro entre os músicos, no lançamento do CD “Ouro e Prata” de Pontes e Zé da Velha.

“Até lá, estaremos envolvidos com o lançamento do nosso EP, que ainda não tem título definido, com as apresentações do grupo em formato de temporadas e a inserção de um novo componente no Brasileiríssimo, o violonista Everson Vieira, para um melhor preenchimento harmônico”, conclui Ricardo Vieira. 

Quem quiser conferir choro de qualidade, as próximas apresentações do quinteto serão nos dias 15 e 22 de março, a partir das 19 h, no Café da Gente. Mas é bom chegar cedo e garantir uma mesa, porque os  shows têm lotado. O couvert custa R$ 10 e o Museu da Gente Sergipana localiza-se à av. Ivo do Prado, 398.

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