segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Um Reinado com Amor


 O diretor Jean Marc-Vallée (do sensível "C.R.A.Z.Y.") "derrete" sua câmera para o amor de Alexandrina Vitória Regina (a bela Emily Blunt) e Albert de Saxe-Coburg (Rupert Friend) no longa "A Jovem Rainha Vitória", vencedor do Oscar de Melhor Figurino deste ano.

Ao invés de se deter nas questões políticas (o faz, mas de forma superficial), o filme acompanha as investidas tímidas mas seguras de Albert para com Vitória, que ao mesmo tempo se encanta com  seu conselheiro, o Lorde Melbourne (Paul Bettany) mas não o escolhe como seu consorte. O privilégio fica para o primo Albert que torna-se o escolhido de Sua Majestade e convive com ela até sua morte aos 42 anos, vítima de tifo.

Vitória assume o trono com 18 anos e é responsável pelo período conhecido como 'Era Vitoriana'- de grande desenvolvimento na área social, econômica e cultural inglesa- permanecendo no poder até sua morte aos 81 anos, porém o longa foca os primeiros anos da monarca no poder  e abre espaço para algumas licenças poéticas (a rainha na tela é muito mais bonita que a da vida real; ela, realmente, escolheu seu companheiro por amor, mas o filme romantiza mais do que o ideal).

Com uma Direção de Arte de tirar o folêgo e o figurino impecável de Sandy Powell e as ótimas interpretações de Miranda Richardson (como a mãe de Vitória), de Jim Broadbent (tio de Vitória) e da própria Emily Blunt, "A Jovem Rainha Vitória" pode não ser um daqueles filmes épicos inesquecíveis, mas fisga facilmente o espectador por mostrar no contexto histórico uma bela história de amor.

Texto: Suyene Correia

Legenda da Foto: A Rainha Vitória (Blunt) e o Prícipe Albert (Friend) que só se separarm por conta da morte prematura do rapaz

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