terça-feira, 23 de junho de 2009

Corrosão à Flor da Pele...




Delírio, desilusão, rejeição, loucura, superstição. Tudo isso e muito mais é possível encontrar de uma maneira bem peculiar- algo corrosiva- nos contos de "Cine Privê", o mais novo livro do sergipano Antônio Carlos Viana, que assim como "Aberto Está o Inferno" e "O Meio do Mundo e Outros Contos", sai pela Companhia das Letras.

Viana não se utiliza de subterfúgios, ao contar, por exemplo, o assassinato de uma mãe pelo filho em 'Duas Coxinhas e um Guaraná'. Quando o assunto é loucura, seja pelo surto repentino em 'Santana Quemo-Quemo' ou pelo delírio contínuo da personagem Darci em 'Darci Ouve Vozes', ele também demonstra destreza para envolver como ninguém o leitor, fazendo com que o mesmo não desgrude os olhos das páginas até o ponto final.

Sua crueza ao narrar a vida dura de Manuel em 'Cine Privê' ou a inocência exarcebada de 'Maria, filha de Maria' é alucinante e envolvente. Talvez seja essa a fórmula do seu sucesso dentro e fora das fronteiras sergipanas. Se tem dúvida, basta fazer uma pesquisa na internet, para ver o quanto o nome do sergipano foi mencionado na mídia nacional, nas últimas três semanas.

No dia do lançamento do livro (na sexta-feira passada), na Escariz do Shopping Jardins, uma legião de admiradores e alguns colegas escritores prestigiaram a noite de autógrafos. Entre estes, Francisco Dantas, Maria Lúcia Dal Farra e Wagner Ribeiro.

Quem ainda não teve a oportunidade de ler os 20 contos de "Cine Privê" saiba de antemão que terá uma ótima sessão de 'cinema literário'. Bom divertimento!!!!
Foto 1: Viana autografa livro para o escritor Francisco Dantas
Foto 2: Antônio Carlos e a poetisa Maria Lúcia Dal Farra

Texto e Fotos: Suyene Correia

Um comentário:

Anônimo disse...

Seu texto captura e reforça o êxtase da leitura de "Cine Privê"... Para quem não leu ainda... É a leitura....

Fátima Lima